Apenas
o cantar dos pássaros e o murmurar do rio passando entre as pedras
cortavam o silêncio daquele trecho do bosque. A tentação era forte
demais. Impulsivamente, Elisabeth tirou toda a roupa e mergulhou. Um
delicioso prazer se apossou dela quando sua pele quente foi envolvida
pela água fria, lavando todos os seus medos, toda a angústia. Fora da
água sentiu-se gelar e saiu torcendo os cabelos que pingavam. Foi então
que viu o vulto atrás das árvores. Outra vez aquela visão: o perfil
elegante, o mesmo modo de caminhar... mas Damian, o seu grande amor,
estava morto! O vulto se aproximou mais e então ela distinguiu os mesmos
olhos negros de Damian. Alucinação? Loucura? Ou estava vendo os olhos
de Damian no rosto de outro homem?
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